domingo, 23 de janeiro de 2011

Preview: feminilidade conquistada através de toques artesanais para a primavera 2011 internacional

Preview feminilidade conquistada através de toques artesanais para a primavera 2011 internacional - Domínio da Moda - Fonte Fashion Gone Rogue

Na fotografia de Michael Thompson, a modelo russa Sasha Pivovarova revela que a nova feminilidade para a primavera 2011 internacional se conquista através detoques artesanais e design de muita personalidade.
retirado:

LOVEKYLIE

Domenico DOLCE & Stefano GABBANA falam sobre KYLIE e “Aphrodite Les Folies” !!!!
"Kylie tem sido sempre a nossa" Piccola Principessa "(Pequena Princesa), não só por causa do nosso trabalho juntos, mas por causa da nossa amizade! Trabalhar com Kylie sempre foimuito espontâneo e fácil. Nós temos total liberdade para criar, porque ela confia e sabemos exatamente o que ela gosta. Esta será nossa terceira turnê com Kylie e desta vez temos revisitado peças icônicas Dolce & Gabbana, adaptando-as a diferentes temas da turnê. Esse show definitivamente não será esquecido!" :)
Trata-se de uma nova foto promocional da turnê KYLIE Les Folies com os dançarinos formando uma pirâmide no elevador central do palco:
KYLIE MINOGUE (novissimas fotos do ensaio de Aphrodite)


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

cher

Cher chega ao #01 na Billboard


A cantora Cher, reconhecida como DIVA entre os gays no Brasil, provou seu poder ao alcançar pela sexta década consecutiva um número 01 na maior parada musical no mundo, a Billbaord.

Dessa vez o sucesso veio pelo remix de “You Haven´t Seen The Last Of Me” (“Você ainda não viu meu fim”) que se destaca nas pistas. O single chegou à posição máxima no Hot Dance Club Play, chart que análisa os singles mais executados nas pistas americanas, e estará disponível na quinta-feira (19) através do portal Billboard.com.

O título do single traduz a nova fase de Cher, que retornou aos charts com single tema do filme “Burlesque” em que contracena ao lado de Christina Aguilera.


Você não viu o resto de mimBurlesqueRevisar tradução
Sentindo-se discriminados
Apenas segurando
Há apenas uma coisa tão forte
Em algum lugar dentro de mim
E eu estou para baixo, mas eu vou começar de novo
Não contem comigo apenas ainda

Eu fui trazido até meus joelhos
E eu fui empurrado
Caminho passado, a ponto de quebrar
Mas eu posso levá-la
Eu estarei de volta, volta nos meus pés
Isso está longe de acabar
Você não viu o resto de mim
Você não viu o resto de mim

Eles podem dizer que eu não vou ficar em torno de
Mas eu vou defender a minha terra
Você não vai me parar
Você não me conhece
Você não sabe quem eu sou
Não contem comigo tão rápido

Eu fui trazido até meus joelhos
E eu fui empurrado
Caminho passado, a ponto de quebrar
Mas eu posso levá-la
Eu estarei de volta, volta nos meus pés
Isso está longe de acabar
Você não viu o resto de mim

Não haverá fade out
Este não é o fim
Eu estou triste agora, mas eu estarei de pé novamente
Os tempos são difíceis, mas eu estava construída de
Quero mostrar-lhe tudo o que eu sou feito

Eu fui trazido até meus joelhos
E eu fui empurrado
Caminho passado, a ponto de quebrar
Mas eu posso levá-la

Eu estarei de volta, volta nos meus pés
Isso está longe de acabar
Estou longe de acabar
Você não viu o resto de mim

Não, não, eu não vou a lugar nenhum
Eu ainda estou aqui
Ah, não, você não vai me ver implorando
Eu não estou tomando -
Não posso parar, não é o fim

Você não viu o resto de mim, oh não
Você não viu o resto de mim
Ainda não vi o resto de mim


http://www.vagalume.com.br/burlesque-trilha-sonora/you-havent-seen-the-last-of-me.html#ixzz1BXgIkUmU

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

roni-insesacoracao2

Personagem gay faz ótima estreia em “Insensato Coração”

Estreou hoje (17) a nova novela das 21h da Rede Globo, “Insensato Coração”, escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares. O novo folhetim já era motivo de discussão entre a comunidade gay, pois, desde que foi divulgada a sinopse original, sabia-se que o núcleo principal da trama teria um personagem homossexual, Roni Fragonard, interpretado por Leonardo Miggiorin. E não é que o personagem tem tudo para dar certo?

Como se sabe, Roni é amigo e também faz a linha assessor de imprensa de Natalie Lamour (Deborah Secco), que vive no ostracismo após ter alcançado fama ao participar de um reality show. A primeira cena de Roni aconteceu ainda no primeiro bloco, quando ele tenta animar a amiga, que, após passar o dia inteiro em um spa, teve que deixar cheques pré-datados, pois não tinha dinheiro para pagar.

A cena rola em um bar, onde Natalie conta a Roni sobre o ocorrido e pede ao amigo para que ele a ajude a conseguir algum trabalho. “Bee, você precisa me ajudar, não precisa ser um cachê muito alto não”, pede Lamour. “Pode deixar, bicha, que eu vou arrumar um evento bafo pra você participar”, completa Roni.

Assim de forma natural, três gírias do cotidiano gay foram colocadas num diálogo que foi visto por pelo menos 30 milhões de pessoas, público médio de telespectadores de uma novela das 21h. As palavras “bee” e “bicha” foram ditas duas vezes e “bafo” uma vez. Ponto para os roteiristas que conseguiram burlar o “bom senso”, leia-se “censura prévia”, do padrão Globo de ser. A segunda cena acontece na boate gay da trama, Barão de Gamboa (BG).

Sobre o personagem Roni em si, podemos dizer com tranquilidade que boa parte das pessoas da comunidade LGBT tem amigos ou conhece homens gays nesse estilo: sincero, pintosa, mas na medida, oscilando entre um gay moderno da rua Augusta com influências de um típico frequentador da The Week.

A atuação de Leonardo Miggiorin é segura e convincente. O ator demonstra ter profundo conhecimento dos códigos gestuais de parcela dos gays e de como colocar as gírias no diálogo. Se continuar nessa linha, Roni seria uma espécie de novo Bernardinho (Thiago Mendonça), personagem criado por Aguinaldo Silva que figurou na novela “Duas Caras”, e que até hoje é considerado por muitas pessoas a representação mais próxima do que conhecemos por “comunidade gay”.

Agora é aguardar o surgimento dos outros personagens gays e até de alguns homofóbicos, pois, com se sabe, o tema será abordado no decorrer da trama. Por hora, Gilberto Braga e Ricardo Linhares cumprem seu papel de levar a diversidade de forma original aos lares do Brasil.

Por A Capa.com.br

ricky-martin

Ricky Martin reage em prol da igualdade

O cantor porto-riquenho Ricky Martin deu a maior demonstração em prol da igualdade e no combate à discriminação desde que se assumiu gay através de uma publicação em seu site oficial. ” The Best Thing About Me Is You” é o novo single do cantor e conta com vídeo-clipe pautadado no combate à discriminação.

Negros, gays, orientais e palavras que inspiram a união: Liberadade, Paz, Oportunidade. O clipe marca pelo forte apelo e com frases impactantes com Ricky Martin amordaçado com os dizeres, You = Me.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Calendario Pirelli 2011... um escandalo


Esse é um post pra você, amiga carente de referências presa no mundo dos catálogos Marisa, que não entende como moda e arte devem sempre andar juntas – mais do que piriguetes de cintura alta!

Karl Lagerfeld, gênio da era moderna, inspirou-se na mitologia greco-romana pra sambar na cara da sociedade e criar as fotografias que compõem o Calendário Pirelli 2011. Dentre os modelos convidados, estão Julianne Moore – bonita até do avesso, Lara Stone, Isabeli Fontana e o italiano Baptiste Giabiconi a.k.a. Barbie de academia.

Lagerfeld aproveitou o desafio e desenhou joias e acessórios exclusivos para criar deuses como Hermes, Apollo, Baco e Zeus.

Quede Kylie di Afrodite?

As rachas foram censuradas em respeito a Baptiste.

site: Pirelli

Está aberta a temporada de caça ao Bambi

By Moa Cipriano

Desesperados por companhia e sexo fácil, muitos gays acabam entregando seus corpos para homens errados, no lugar errado e da maneira errada. A frustração depois do prazer geralmente é insuportável. Mas muitos não têm sequer a chance de sofrer mais uma desilusão. Pois simplesmente não acordam no dia seguinte. Estão mortos.

Assistindo a um programa na TV, fiquei chocado ao me deparar com a história de mais um gay que havia sido morto por causa dos seus bens materiais. Vasculhando na Internet, encontrei uma porção de artigos relatando a morte de gays - muitas delas realizadas com extrema violência - por motivos cretinos, materialistas, às vezes por ninharia.

Quando nos deparamos com acontecimentos desse gênero, é natural que fiquemos revolta dos. E logo tratamos de pedir a cabeça desses marginais que nos atacam, exigindo justiça, cadeia e o “scambau”!

Mas, para variar, são poucos os gays que conseguem controlar o ímpeto de uma pseudo- transa perfeita, pensando que naquela sala de bate-papo, depois de trocar três minutos de palavras com um sujeito qualquer, a biba aflora toda sua vida pessoal e já passa imediatamente todas as informações necessárias para o bofe em questão “fazer o serviço”.

E isso não é balela não. Eu mesmo fiz o teste. Entrei numa sala com o sugestivo nick: loiro_ativo_21cm; separei uma foto de um sujeito qualquer (lindão, gostosão, perfeitão e... inexistente), criei um endereço fake para o MSN e, em menos de meia hora, eu já havia marcado encontro com 8, isso mesmo, OITO sujeitos!


Nesses trinta minutos eu já sabia tudo sobre a vida de cada um, inclusive tinha os números de seus celulares, números dos telefones residenciais e profissionais, marca de seus carros, bairros onde moravam, fotos de rosto, corpo, familiares, cachorros e, em três casos, endereço completo (já que esses moravam sozinhos).Se eu fosse um marginal, bastaria contactar um “parceiro”, ir ao local dos encontros e “fazer
a limpa” numa noite que prometia altos lucros!
Você tá chocado? Eu também fiquei.

Quando me identifiquei, dizendo que eu não era o tal loiro “ativasso”, que eu estava fazendo uma pesquisa para um artigo, convidei essas pessoas para me conhecer realmente, através do
meu site. Alguns se sentiram revoltados, feridos, enganados. Nem adiantou passar meus con- selhos de segurança e bom senso para educá-los e ensiná-los a se proteger. Sumiram da sala,
mas antes me chamaram de nomes super amáveis.

Já os que sobraram, compreenderam o quanto estavam sendo negligentes. Aceitaram minha amizade e passamos longas e agradáveis horas discutindo justamente esse grave proble-
ma que muitos sofrem e poucos sabem como se cuidar.

O motivo principal que leva um gay a se entregar assim, de mão beijada a homens de péssimas intenções, é a eterna porra da carência. A maioria sente falta do carinho, do sexo, de um simples momento de intimidade. Acham que basta o sujeito do outro lado da tela ser um tantico carinhoso, atencioso, “compreensível” e pronto... meio caminho andado para abrirem as pernas, a carteira e a porta do apartamento.

O mesmo acontece no Orkut, onde fervilham perfis de bibas-antas que desabrocham todo o seu poderio econômico e sua ostentação. Elas não se contentam somente em mostrar as melhores fotos da última viagem a Paris. Não, elas ainda fazem questão de deixar o número do celular, a foto da fachada de suas deslumbrantes casas, a foto do carro (com o número na chapa bem nítido), a foto do local em que trabalham, a foto da mãezinha centenária que passa o dia todo sozinha em casa e, claro, um milhão de recados onde a cretina-retardada conta com riqueza de detalhes o seu dia-a-dia (locais que freqüenta, a que horas vai para a balada, quanto gastou com as amigas, com quem ficou, entre outros absurdos). Daí uma infeliz dessa é encontrada morta, toda furada, toda irreconhecível, onde o corpo nu está apodrecendo a dias sobre lençóis de cetim carérrimos; aparece um dia no Linha Direta e no dia seguinte estamos nós aqui, equilibradas sobre nossos saltos, gritando aos quatro ventos, clamando por justiça e montando ONGs em defesa da nossa “minoria”.

Pois bem, o tom de revolta desse artigo é para te mostrar que, na grande maioria das vezes, somos nós mesmos que “procuramos” as companhias erradas. Encontramos um sujeito no banheiro público e nos encantamos com o dote que ele bimbola pra cá e prá lá e em cinco minutos estamos com o indivíduo dentro de nossas casas. Se a transa foi boa, ufa... agradecemos o Papi do Céu por mais uma aventura bem sucedida e no dia seguinte voltamos à caça no mesmo local, achando que jamais acontecerá conosco nada de ruim. Estamos fazendo nosso cooper nos Ibirapueras da vida, e basta olhar um par de coxas
grossas sustentado glúteos suculentos e lá vamos nós “meter” no sujeito atrás de uma moita qualquer, sem sequer nos preocuparmos com nossa segurança física, nossa saúde, nosso lado
emocional... afinal, se o sujeito nos passar uma doença ou nos cobrir de porrada depois da gozada, o que vale é o momento, não é mesmo? Entramos em um cinema de pegação no Centro de São Paulo e no anonimato proporcionado pela escuridão total caímos de boca em dezenas de pintos que disputam o direito de invadir nossas gargantas. Enquanto isso nossos corpos são acariciados por um batalhão de homens
sem rostos, e se nossa carteira é furtada ou nossa barriga é furada por uma faca ou estilete... tudo bem, pois o que vale FOI o momento, não é mesmo?

Então, meu caro, por favor, reveja suas atitudes perante suas aventuras. Veja o que você publica em seus perfis na Internet. Saiba o que você revela em suas conversas nas salas de bate-papo. Se marcar um encontro com alguém, pelo amor dos santos celestiais, encontre o sujeito num local público e se controle para não levar o dito cujo pra cama da tua casa logo no primeiro encontro. Ligue para um amigo ou parente e avise que você está saindo, onde vai e com quem vai.Não fique ostentando por aí que você tem duzentos Audis na garagem e nem que sua mãe tem uma mansão no Guarujá, muito menos que você costuma passar seis meses do ano viajando pela Europa. Não se cubra de ouro para encontrar um bofe estranho. Além de ser ridículo (quem é realmente alguém, não demonstra), você estará pondo em risco a sua integridade física. Bom, eu poderia citar mais um milhão de conselhos, mas tenho certeza de que você não é um cara burro, portanto, se cuida. Trepar sem compromisso é ótimo. Encontrar um bom companheiro, namorado, amante, etc é muito legal, mas entrar nessas furadas por causa do fogo no teu rabo ou na cabeça do teu pau, ora, convenhamos, alugue um filme, bata umas duzentas punhetas e tenha paciência, pois,
o que é seu (ou quem deve estar com você no momento certo) está definitivamente guardado e ninguém poderá interferir no seu destino, a não ser você mesmo.

Se cuida, pois quero você VIVO!

retirado do blog: entre homens

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Márcio Retamero: Em 2011, resistir é preciso
Por Márcio Retamero*/Foto: Thiago Bernardes/UOL 23/12/2010 - 13:48



Fechamos o ano de 2010 comemorando a resolução do INSS que estabelece como norma a concessão de pensão vitalícia por morte de beneficiário aos companheiros e companheiras em relações homoafetivas estáveis (acima de cinco anos). É uma grande conquista dos LGBT do Brasil e fruto do trabalho sistemático do movimento LGBT brasileiro.

Outras vitórias, com muitas lutas, tivemos em vários municípios e estados da nossa federação, como a adoção do nome social das travestis em documentos oficiais na área da educação, além de outras áreas. O Sistema Único de Saúde tem assistido cidadãos transexuais no processo de readequação de gênero com sucesso. Uniões homoafetivas estáveis e o direito a herança foi reconhecido aqui e acolá nos tribunais de Justiça de alguns estados. As Câmaras Municipais aprovaram leis que protegem os cidadãos LGBT da homofobia nos estabelecimentos comerciais e educacionais.

Os Centros de Referência LGBT (como a Cads, em SP) e os sistemas de denúncia contra ações homofóbicas foram implantados em alguns municípios do Brasil. Conselhos LGBT nas variadas esferas políticas foram criados, ONGs que trabalham com Direitos Humanos e pró-LGBT foram inauguradas, e a Receita Federal finalmente adota como norma a declaração do imposto de renda em conjunto para casais homoafetivos. O Rio de Janeiro elegeu o primeiro deputado gay comprometido com a causa LGBT, Jean Wyllys. São vitórias que não podemos desconhecer, tampouco menosprezar. Aos poucos e paulatinamente, avançamos para a finalização do processo de cidadania plena dos LGBT em nossa nação.

Contudo, ainda existe muito chão para caminharmos, muitas lutas para travarmos, ainda muitos inimigos se levantam em diferentes frentes contra o processo democrático de concessão de cidadania plena aos LGBT. Ainda ostentamos, para nossa vergonha, o primeiro lugar no ranking dos países no número de assassinatos de LGBT. O Grupo Gay da Bahia que faz o nobre trabalho de pesquisa sobre tais assassinatos, já contabiliza 250 "homocídios" no ano de 2010!

Em São Paulo, a homofobia mostra sua cara jovem, de classe média e bem alimentada nos ataques homofóbicos que aconteceram na Avenida Paulista. No Rio Grande do Norte, o Arcebispo da região, tenta como os inquisidores de antanho, proibir a Parada do Orgulho da capital. A Frente Parlamentar Evangélica Fundamentalista, a maior inimiga pública da luta LGBT no Brasil, aumentou o número dos seus integrantes, aumentando em muito, as chances da derrota do PLC 122/06 no Congresso Nacional, além de outras leis em trânsito naquela Casa de Leis, que impedem, limitam a garantia de leis pró-LGBT.

O fundamentalismo religioso mostrou sua cara feroz nas faces de pastores como Silas Malafaia, que além de espalhar outdoors provocadores em todo o Brasil, peregrina de programa em programa de TV combatendo o PLC 122 e o processo de cidadania LGBT. Ele não está sozinho, pois são inúmeros os pastores que como ele age de norte a sul deste país. Foi o fundamentalismo religioso local que impediu a reeleição da maior aliada LGBT que já tivemos no Senado, Fátima Cleide, golpeando com dureza nossa luta ali. O mesmo fundamentalismo mostrou força e poder nas eleições presidenciais, cooptando o debate político em torno de temas tabus como o aborto e o "casamento" homoafetivo, levando ambos os candidatos do segundo turno a posições retrógradas e a comprometimentos políticos com os caciques da religião, os chefes da "boiada" evangélica. Jamais o voto evangélico foi tão competido no Brasil.

O fundamentalismo religioso cresce e aparece nas estações de rádio e TV, nos periódicos especializados e nas revistas, demonstrando que são ricos, endinheirados, poderosos e que usam toda a sua riqueza para combater com toda força a luta pelos direitos humanos e LGBT. Jair Bolsonaro, o deputado que tem gritado por aí, é seu mais novo aliado e porta-voz.

Alguém duvida que o fundamentalismo religioso é o pai e a mãe do machismo e da homofobia e como tal tem que ser sistematicamente desconstruído e combatido pelos que lutam a favor dos LGBT?

O Movimento Homossexual Brasileiro e os LGBT do Brasil precisam se unir para este bom combate e traçar estratégias objetivas e claras para o sucesso da empreitada. Não podemos, sob pena de derrota, diminuir nem subestimar o poder de fogo dos fundamentalistas religiosos e esta luta é diária e começa em cada casa brasileira, em cada escola, em cada município.

Não basta combatê-los apenas no nível intelectual, escrevendo artigos e livros. É preciso campanhas populares, visando o esclarecimento da população. É preciso implementar e realizar nas escolas públicas (conheço projetos como "Diversidade na Escola" que ignoram o tema fundamentalismo) políticas que esclareçam nossas crianças e jovens acerca da homossexualidade. É preciso encontrar meios no nosso sistema legal para processar judicialmente os que abusam do direito constitucional da liberdade de expressão que ultrapassa o limite da lei, dentre outras muitas ações cabíveis no contexto.

Se não vencermos o fundamentalismo religioso em voga em nossa nação, corremos o risco de atrasarmos, ainda mais, nossas conquistas, além de não encontrarmos legitimidade e apoio social para as nossas causas. Ignorância se combate com conhecimento. E o conhecimento deve ser democratizado. Empoderar-se não exclui o coração e a mente do senso comum, que deve ser esclarecida, no tocante às questões sociais e políticas.

Desejo a todas e todos leitores desta coluna um feliz natal e um ano novo repleto de realizações, paz, amor e saúde. Muita força e garra! Em 2011, resistir é preciso!

* Márcio Retamero, 36 anos, é teólogo e historiador, mestre em História Moderna pela UFF/Niterói. É pastor da Comunidade Betel/ICM RJ e da Igreja Presbiteriana da Praia de Botafogo. É autor de "O Banquete dos Excluídos" e "Pode a Bíblia Incluir?", ambos publicados pela Editora Metanoia. E-mail: marcio.retamero@gmail.com.
FELIZ 2011