sexta-feira, 27 de junho de 2014

Un garçon au féminin: tendências para eles que podem ser usadas por elas

Direto das passarelas da temporada masculina, ideias e peças que podem ser aproveitadas no guarda-roupa feminino

masculino feminino (Foto:  )

Os próximos desfiles femininos só acontecem em setembro com o início da próxima temporada internacional, de verão 2015. Mas isso não quer dizer que as fashionistas mais fervorosas não acompanhem atentamente o que surge nas passarelas, inclusive nas masculinas. Na saison de verão 2015 dedicada a eles, uma série de ideias mostradas podem migrar direto para o closet delas.

J.W. Anderson, nome que já virou referência quando a intenção é causar ambiguidade, colocou uma série de modelos com decotes profundos, ombros desabados e tops cropped bem recortados em contraposição a calças de alfaitaria. Na Valentino, os prints superlúdicos de borboletas, corujas e pássaros dos vestidos de alta-costura foram parar em casacos e ternos.
masculino feminino (Foto:  )

Já na Dolce & Gabbana, uma série de looks arrancaram supiros femininos, mesmo sendo desfilados por modelos masculinos. O look pijama com póas negros, o tuxedo com inspiração espanhola e o terno de jacquard rococó são alguns dos inúmeros exemplos. Olivier Rousteing da Balmain mostrou spencers com a mesma pegada étnica do desfile feminino de inverno da grife.

Enquanto isso, na Versace, peças completamente vazadas foram propostas para eles e, na Ermenegildo Zegna, bons truques de styling como o lenço no pescoço e o casaqueto só com os primeiros botões fechados. Sem esquecer do cor-de-rosa que tingiu looks totais de grifes como Marc Jacobs e Jil Sander. (VINICIUS ALENCAR)
masculino feminino (Foto:  )

Gisele Bündchen irreconhecível na nova campanha da Balenciaga

Top brasileira aparece com os cabelos supercurtinhos nas imagens feitas por Steven Meisel


giselebalenciaga2014fall (Foto:  )
Gisele Bündchen não é top a toa: a modelo brasileira, campeã das campanhas nesta temporada, mostrou que pode encarnar um papel bem diferente da sua imagem geralmente healthy-sexy na primeira foto do inverno 2015 da Balenciaga, divulgada na manhã desta sexta-feira (27.06).

A über, que aparece quase irreconhecível com os cabelos super-curtinhos, look todo preto e botas tipo cuissard, foi fotografada por Steven Klein em uma sala cheia de espelhos quebrados. "É assim que vejo Gisele para a Balenciaga; forte, poderosa, misteriosa e intransigente", disse Alexander Wang, diretor criativo da marca, ao WWD

Em tempo: esta é mais uma campanha estrelada por Gisele nesta temporada, engrossando a lista que já inclui Emilio Pucci, Isabel Marant, Stuart Weitzman e a brasileira Colcci, além do posto de novo rosto do perfume Chanel Nº 5, cujo resultado ainda não foi divulgado.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Machos ativos comedores, as passivas, promiscuidade e o medo de amar

Machos ativos comedores, as passivas, promiscuidade e o medo de amar
Primeiro, devemos pensar sobre o que é ser promíscuo. Para a ONU (Organização das Nações Unidas), significa ter mais de dois parceiros por ano. Pobres dirigentes que definiram assim, não devem ser muito animados.
No nosso meio, esse é um tema recorrente. Sempre acho irônico que um grupo que sofre preconceito na pele seja ele mesmo provocador de preconceito. Mas lembro, então, do educador Paulo Freire, que disse: “Sem uma educação libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor”. Os gays, na falta de um referencial próprio, acabam utilizando aquilo que conhecem do meio heterossexual e tentam se organizar assim.
Eu gosto de fazer uma brincadeira com amigos (e lembre-se que, como se diz no senso comum, “toda brincadeira tem um fundo de verdade”). Digo que, nos aplicativos gays de celular e nos chats de bate-papo da vida, aquele que diz “preferir ser passivo”, não vai ser ativo nem com uma arma apontada pra cabeça, o “versátil” é, na verdade, o passivo com vergonha, o “ativo” é o versátil botando banca e o ativo mesmo, “puro-sangue”, não está online porque está muito ocupado comendo alguém. Essas são definições machistas, claro, mas que apontam essa necessidade no meio gay de mentir sobre a sexualidade (ou “melhorá-la”) ao procurar sempre uma posição que seria a do macho, “hétero”, ativo e comedor (também não é nada incomum ler ou ouvir “não curto afeminados”, quase a antítese dessa virilidade mostrada e desejada). Por que essa questão num texto sobre promiscuidade?
Porque reproduzimos agora o mesmo padrão que há séculos subjulga as mulheres, no qual o macho (somente ativo, no caso gay, em nosso preconceituoso imaginário) tudo pode (inclusive sexualmente) e a passiva, que ocupa aqui o espaço da mulher, tida como fraca e alvo fácil de preconceitos e violências, deve resguardar-se ou correr o “terrível” risco de ficar mal falada. Mais ou menos como meu avô dizia, em relação ao mundo dele: “Prenda sua cabrita que vou soltar meu bode”.
Podemos fazer uma lista interminável de preconceitos que rondam os já estigmatizados homossexuais. Por exemplo, há aqueles que curtem pegação e “fast-foda” (uma gíria para sexo rápido) e aqueles que prezam o sexo “não-promíscuo”, “de namoro” ou tido como “mais careta”.
As definições são tão acentuadas que parece muitas vezes que a pessoa que em alguma fase da sua vida quer somente curtir e não ter compromissos sérios torna-se pior ou inferior por causa disso; e aquele que vive dentro das normas “cristãs e morais” vira um ser superior. Pelo visto, pra esses últimos, o deus cristão pode até perdoar ser gay, mas não um sexo rapidinho, pra gozar.
As razões para esses diversos tipos de comportamento são bem profundas. Os gays carecem de um processo próprio de cultura, crescem na maioria das vezes se virando com o que aprendem do padrão heterossexual, dominante. Por não terem a chance de namorar em casa e flertar na escola, nutrem vergonha do próprio desejo e descobrem a sexualidade de forma escondida, rápida, “gozando e fugindo” por culpa ou confusão.
Poucos gays que conheço não relatam terem se sentido “péssimos” depois de gozarem em algum momento da vida, pois assim que acaba a excitação vem todo o peso de milhares de anos de cultura religiosa e preconceituosa, que escolas, família e leis (ainda) incutem em nosso inconsciente. Quando isso entra de forma sólida em nosso desejo, a pessoa é considerada “puta” (o que em si vale outro texto, discutir o absurdo de puta ser uma ofensa), quer dizer “culpamos” os outros – ou a nós mesmos - por exercermos a sexualidade da forma que a sociedade homofóbica nos induziu a construir, na pressa e de forma secreta.
Outros gays vão para o extremo oposto, tentam mostrar para sociedade que são “normais”. Mas até o psicanalista alemão Sigmund Freud, em pleno século XIX, deixou claro que normalidade não existe. Esse “normal” dos gays seria “dentro das regras que nossa sociedade criou”. E, claro, para sentir-se “normal” eu preciso apontar o “anormal”, fazer parte do grupo que aponte (pra ninguém se lembrar de apontar pra mim) e, portanto, falar horrores do coleguinha com animada vida sexual.
Mas seria a “norma” realmente saudável? Canso de ler que gays são promíscuos; inclusive de religiosos mal intencionados já escutei até que balançamos a família tradicional.
Mas basta um pouco de perspectiva histórica, ou 30 minutos de conversa com a sua avó. Se ela, por exemplo, tiver mais que 81 anos, nasceu numa época onde nem votar podia. O casamento era baseado em mulheres que, em grande parte, nem tinham orgasmo! Elas não tinham direito de se divorciarem ou votarem e eram ensinadas a aceitar as “indiscrições” do marido, desde que este sustentasse a casa e a esposa oficial.
Quando estas queimaram os sutiãs, foram chamadas de vadias por serem “desquitadas”, tudo isso era contra a “moral e os bons costumes”, nome muitas vezes pomposo que o estado e a sociedade usavam (e até hoje usam) para cercear nosso acesso ao prazer ou à liberdade. Hoje isto melhorou, algumas mulheres querem gozar, querem fidelidade ou direitos iguais em casamentos abertos, querem desejar. Se os casamentos hoje duram menos é porque mandar no ser humano é possível, mas mandar no desejo e no tesão... Nunca saberemos a fórmula para isso, estes se formam no indivíduo na mais tenra idade e raramente mudam. (podem ser trabalhados na análise, amenizados, discutidos, mas as marcas da infância e da adolescência estão lá).
A meu ver, é muito saudável que tenhamos novas formas familiares, que o casamento seja eterno enquanto dure (ou “duro”) e que cada pessoa possa buscar seu desejo e seus momentos de felicidade como melhor achar que deve.
Resumindo: os gays são, hoje, o que as mulheres que ousaram ser desquitadas foram. Mas vale lembrar que a Lei do Divórcio é de 1977 e somente em 2003 (!) foi revogado do Código Civil Brasileiro o inciso que dizia que o marido poderia se divorciar da esposa caso esta não fosse virgem. Tais mudanças recentes foram provocadas por muita luta do movimento feminista; e alterações tão significativas na maneira de pensar da sociedade e nas leis também podem acontecer para o movimento gay, caso este se una com objetivos comuns e pare com brigas internas.
Mas, no momento, a segregação de um grupo com outro é palpável: gay não gosta de lésbica ou não gosta de travesti. Esta por sua vez é segregada pela transexual. Enfim, um julga o outro, fala do outro, na tentativa de recuperar sua autoestima abalada por anos de opressão social. É uma tentativa falha, visto que a fofoca no nosso meio nunca termina.
A promiscuidade é uma forma de viver; e muitas vezes apenas uma fase. Pode ainda (e veja como esse argumento pode bagunçar as noções que você tem de mundo e da pegação) indicar alguém que é tão amoroso, que se entrega tanto num relacionamento, que gosta tanto de namorar (e acaba sofrendo muito), que cria uma espécie de barreira pra se proteger de tanta dor, morre de medo de sofrer de novo, então escolhe não ter mais ninguém fixo, ser flutuante pelos bate-papos, aplicativos de celular, saunas, dark-rooms ou “florestas do sussurro” (apelido pelo qual locais de pegação como o Aterro do Flamengo, no Rio, o Ibirapuera, em SP e até o Central Park, em Nova York, nos Estados Unidos, são carinhosamente chamados).
Quando “sou de todo mundo e todo mundo é meu também”, na verdade, como a música “Os Tribalistas” (de Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes) também diz, não sou de ninguém e esse sentimento de liberdade pode ser importante em alguns momentos da vida.
Ainda mais dentro da construção de relacionamento que temos hoje, onde namorar é abrir mão de todas as outras formas de gozo: o namorado se confunde com dono, briga pela senha das redes sociais do outro, investiga sua vida... No consultório, já escutei quem reclamasse até dos sonhos eróticos do parceiro, algo sobre o qual, coitado, ele não tem o menor controle.
A militância briga pela diversidade, mas os próprios LGBTTs parecem não lidar bem com ela: um fala mal de quem frequenta sauna ou suruba, “sente pena” dele, outro chama de careta quem quer imitar o padrão vigente e não ter trejeito algum, os afeminados levam porrada de todo lado... Coitados dos adeptos do poliamor, então, pois estes são desqualificados por quase todos, já que existem falsas crenças ainda em voga, como a que diz que só podemos amar uma pessoa de cada vez (mesmo sendo enorme o número de casais onde um dos parceiros tem mais de uma família) e a que diz que tesão e amor vivem colados.
No fundo, todos sabemos que essas crenças estão de fato erradas; a verdade é que precisamos do amor, acreditamos nele para recebermos aquilo que não temos. O psicanalista francês Jacques Lacan é claro ao dizer que “amar é dar ao outro o que não se tem e o outro não quer”, isto é, aquilo que eu queria receber (mensagens, textos, beijos, grude) eu faço para o outro (na expectativa da reciprocidade), que muitas vezes não tem desejo por essas mesmas demonstrações, mas por outras coisas que não percebemos (afinal, sempre “sabemos” o que é amar, não?).
O amor não é um só, não tem fórmula, receita e nem mágica. O sexo, então... Quanto tempo mais precisaremos para entender que cada um tem sua própria busca pela felicidade e que esta pode não ser igual pra todo mundo?
No fundo, criticamos o outro porque estamos inseguros se o nosso jeito de viver a vida é realmente correto; falar em voz alta e apontar o diferente fortalece nossa crença de que o outro é que é errado (e não nós).
Cuidado para não colocar um cinto de castidade na sua própria vida sexual ou felicidade por causa do que os outros pensam e depois jogar a chave fora.
Achá-la mais tarde pode não ser impossível, mas será bem difícil.
“Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém.”
Nelson Rodrigues

Conheça o Pornostagram, o Instagram do sexo explícito (+18)

Conheça o Pornostagram, o Instagram do sexo explícito (+18)
Você tá ligado que as grandes plataformas online estão se armando para banir conteúdos sexualmente explícitos. O Facebook e o Instagram são conhecidos por serem contra pornografia, o Tumblr está travando uma guerra contra a putaria,  embora boa parte do tráfego deles seja isso e o Vine (que é do Twitter) proibiu o pornô na rede semana passada.
Pra resolver esse problema, o francês Quentin Lechemia criou um site que vem em defesa dos aficionados no gênero: o Pornostagram.
Inspirada no Instagram, a rede social permite subir fotos de conteúdo explícito e tratá-las com os filtros hipster da sua escolha. O bacana é que o site é grátis e funciona com recursos similares ao aplicativo em que foi inspirado: você pode seguir usuários e comentar em fotos, além de postar as sua selfies do pau, da bunda...
Esse não é o primeiro subproduto pornográfico de redes sociais famosas. O Facebook foi agraciado com o Fuckbook, e o Pinvents com o Pinsex, mas o uso de filtros iguais aos do Instagram parece ser novidade e um atrativo pra quem curte um pornart.
De acordo com o Daily Dot, o Pornostagram ainda é pequeno, com pouco mais de 10 mil usuários e 53 mil visitantes únicos por mês, mas agora, no pós-proibição do pornô no Vine (que era conhecido por sua permissividade), é a primeira vez que o site ganha bastante cobertura fora da Europa, onde é mais popular.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Site mostra fotos dos jogadores da Croácia pelados na piscina do hotel na Praia do Forte (+18)

sábado, 14 de junho de 2014

A obscuridade de Caravaggio                                  

         Eu também gosto desta arte, a pintura, embora não conheça quase nada. Um carinha que adoro é Michelangelo Merisi de Caravaggio, ou simplismente Caravaggio. Conheci sua história através do livro A Corrida para o Abismo, que é fantástico e gigante. É um misto da vida do pintor, da qual muito pouco se sabe, com romance. O livro mostra todo processo da pintura de suas obras, sempre com contexto religioso (a Igreja só permitia esse tipo de pintura, na época, por volta do ano de 1600), mas Caravaggio chocou ao retratar aspectos sombrios, muitos temas de morte, cenas agressivas, e foi inovador neste tipo de pintura, com cores mais escurecidas e muitas sombras, e um realismo "surreal" nas expressões de seus personagens. Chegou a ser preso e ter a cabeça à prêmio por conta de seu estilo e suas críticas à Igreja, que eram postas através dos elementos religiosos (frutas, folhas de hera, vinho, etc) de forma transviada, e seu comportamento inaceitável perante autoridades e a sociedade (era homossexual e também vivia com prostitutas, cometeu assassinatos...). Teve que afinal fugir de Roma, até o seu final avassalador e chocante. Como foi dito, sua vida pessoal é um mistério, mas o que se sabe com certeza é que foi muito polêmico, muito excêntrico, e este livro em questão, de Dominique Fernandez, sabe retratar isso com maestria.
             Assim, lhes deixo algumas obras de Caravaggio:








Imagens do Google.

Cada pintura tem um contexto e uma história, geralmente bíblicos. Isso pode ser achado facilmente.  Hoje, elas encontram-se principalmente na Itália, seu país de origem. 

Livro que conta a história romanceada de Caravaggio. Eu tenho ele, mas nunca fiz uma resenha pra valer, pq acho meio complexo (e já faz tempo que li). É sensacional, mas uma leitura meio pesada.