sexta-feira, 1 de março de 2013


Jean Wyllys, Marina Silva e o poder da convicção
  

Em política é impossível não discutir direitos humanos. E é impossível não falar sobre casamento gay, aborto e drogas. Nas próximas campanhas, todos os candidatos serão perguntados sobre estes assuntos _além de economia, trabalho etc.


A questão do casamento gay já bateu à porta da provável candidatura de Marina Silva e de seu partido, o #rede. Afinal, um partido que se pretende ser tão avançado em ampliar a noção de democracia no Brasil vai precisar dar uma resposta convicta e clara aos direitos LGBT.


Em seu site, o deputado Jean Wyllys publicou um texto sobre uma conversa que teve com Marina nas eleições passadas em que diz que ela seria favorável à união civil de homossexuais mas que o casamento gay deveria ser votado em plebiscito. Foi o suficiente para que os militantes do partido que Marina está desenhando ao lado de outras lideranças políticas se manifestassem. Segundo nota do #rede, tanto Marina quanto o futuro partido não pretendem levar o casamento gay para plebiscito, mas não deixa claro o que ambos, Marina e #rede, pensam a favor da medida.


Escreve Jean: “Na última eleição presidencial, os três candidatos com mais chances, Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva, defenderam publicamente a mesma posição com relação ao casamento civil igualitário: "Não". Eles disseram, em uníssono, que eram a favor da "união civil", mas não do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, e a grande mídia, que muitas vezes não entende a diferença entre uma coisa e a outra, apresentava a notícia de maneira confusa. É o que estão tentando fazer agora: depois de ler o contraditório texto enviado por algumas lideranças desse novo partido, alguns jornalistas entenderam que a Marina é a favor do casamento civil igualitário e outros que ela é contra.”


Integrantes da #rede enviaram nessa quinta-feira uma nota sobre o posicionamento da Marina. Os militantes do #rede afirmam que “a ex-ministra só considera fundamentais, na atual conjuntura, dois plebiscitos: sobre a legalização do aborto e a respeito do uso da maconha”, e que a questão da união civil está resolvida.


E o que isso significa? Marina é a favor do direito ao casamento civil para homossexuais? E, em especial, o #rede seria de fato um partido proguessista se deixar este assunto em cima do muro?


Marina Silva é conhecida, entre outras coisas, pelo seu poder de concisão, clareza e firmeza ao se posicionar sobre qualquer assunto. Por quê não usa estes talentos em relação aos direitos LGBT? Ela terá tempo para pensar a respeito. E eu não tenho dúvida que o fará.  
Em pessoal


Eu assinei e espero que o #rede consiga as assinaturas que precisa para se tornar um partido. Pelo que entendi até agora, o novo partido é muito próximo das minhas opiniões sobre sustentabilidade, direitos individuais, meio ambiente, transporte, economia, internet, liberade e afins. Sou, assumidamente, um entusiasta da ideia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário