domingo, 29 de dezembro de 2013

A força de ‘American Horror Story’              


Jessica Lange em American Horro Story (Foto: Reprodução)

“American horror story” faz jus a todos os elogios que as mais respeitáveis figuras da cultura mundial vêm fazendo às séries atuais. Na primeira temporada, os personagens se encontravam numa casa mal-assombrada. A segunda, “Asylum”, ambientada num hospício, transportou o público diretamente para as melhores cenas lisérgicas da história do cinema. Esse “clima ‘Tommy’” segue firme na terceira, que tem como subtítulo “Coven” (algo como assembléia de bruxas).
A ação agora se passa naquela Nova Orleans de clichê de magia dos romances de Anne Rice. É a televisão se valendo da literatura barata (ou assim considerada, sem querer ofender a quem gosta dela) e de outras referências do universo pop para — por meio de grandes roteiros e interpretações de primeira linha — produzir um programa que agradará ao mais exigente dos públicos. O terror e sua faceta erótica dominam “American horror story”, mas deixam espaço para que se aprecie a beleza das suas sequências. Tudo acontece numa escola para meninas com poderes sobrenaturais herdados de ancestrais queimadas na fogueira. Nesses tempos em que a vida privada vai parar nas redes sociais, elas aprendem a lidar com seu dom e a mantê-lo em segredo.
Jessica Lange estrelou tudo até aqui e agora interpreta uma bruxa sênior de arrepiar. Ela declarou que não continuará no elenco. Muita gente já começou a torcer para que ela mude de ideia. A eterna musa de King Kong arrasa como uma mulher madura com a libido gritando. Desta vez, divide a cena com Kathy Bates, uma cruel dona de escravos do século XVII e que tem vida eterna. A dupla é matadora.
Nos Estados Unidos, “Coven” tem atingido em média 7,74 milhões de espectadores e tem registrado um crescimento de 83% de audiência em relação a “Asylum”. A produção vai tão bem que, embora tenha recém-estreado, já garantiu a quarta temporada.


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