“O Grito”, de Edvard Munch
“O Grito” exprime grandiosamente o mais elemental desespero humano. É um retrato arquetípico do sentimento de desamparo a que o ser humano está sujeito. Daí a sua forte impressão sobre quem quer que o olhe. Mesmo que inconscientemente, vemos refletido nele ao menos uma possibilidade futura do nosso estado. Ou talvez presente, ou um passado que desejamos esquecer e disfarçar sob a fantasia de alegria e bem-estar que a cultura pop e a mídia nos ensinam a vestir, independentemente do que se esconde por baixo dela.
Alguns dados sobre a obra
- Pintada pelo norueguês Edvard Munch, em 1893
- “O Grito” é uma das principais obras do expressionismo
- Foram pintadas quatro versões da obra, para substituir as versões que o artista vendia
- O quadro já foi roubado duas vezes – em 1994 e em 2004. Após o segundo roubo, foi recuperado em 2006 pela polícia norueguesa.
- A máscara do assassino da série de filmes Pânico foi inspirada n´O Grito
- A obra já foi capa da revista americana TIME, em uma edição sobre os complexos de culpa e ansiedade
Sobre a história do quadro, o autor uma vez escreveu:
“Caminhava eu com dois amigos pela estrada, então o sol pôs-se; de repente, o céu tornou-se vermelho como o sangue. Parei, apoiei-me no muro, inexplicavelmente cansado. Línguas de fogo e sangue estendiam-se sobre o fiorde preto-azulado. Os meus amigos continuaram a andar, enquanto eu ficava para trás tremendo de medo e senti o grito enorme, infinito, da natureza.”
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